Davyd Cesar Santos

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Parece plano, mas não é. Direito Médico. Advogado.


Parece plano, mas não é.

Redes oferecem cartões de desconto sem a cobertura de saúde prometida. Veja os riscos

POR Pablo Vallejos

Rio -  Planos de saúde ficaram 7,54% mais caros para o brasileiro em 2011, segundo o acompanhamento do IBGE. Para tentar baratear a despesa, muitos usuários vêm aderindo aos cartões de descontos oferecidos por novas redes de saúde. O serviço é vendido em farmácias e cobre consultas e exames com hora marcada. No entanto, especialistas apontam que essa opção pode oferecer riscos e deixar a pessoa na mão.

A advogada Melissa Areal Pires, especialista em Direito na área de Saúde, explica como funcionam os cartões de desconto: “Cooperativas os oferecem em farmácias. O consumidor paga mensalidade para estar incluído e usufruir os descontos em consultas e exames. Contudo,eles podem não garantir o atendimento que o cliente precisa. Estes cartões podem negar uma cirurgia, operação emergencial ou até pós-operatório. Entendo como uma propaganda enganosa”.

Segundo Melissa, as cooperativas passam a ideia de que o consumidor terá acesso integral aos médicos, mas não é isso que acontece. Por ocasião de processos mais complexos e emergenciais, o atendimento pode não estar incluído, surpreendendo o consumidor que tem urgência.

Ela ainda alerta: “A Agência Nacional de Saúde desaconselha essa prática, porque ela é, de fato, a comercialização da prática médica. A ANS proíbe esse tipo de venda pelas operadoras de saúde registradas”. Segundo a especialista, profissionais oferecidos por essas novas cooperativas, provavelmente, devem ter qualificação duvidosa. “Essa comercialização viola o Código de Ética Médica. É preciso confiar no profissional que você contrata”, diz.

Na hora de escolher uma opção de assistência à saúde, Melissa sugere uma análise das necessidades. “O consumidor deve saber o que realmente precisa, avaliar com calma e pedir contrato, para saber quais são seus direitos e obrigações”, explica.

Fonte - O Dia - IG

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